Tempo perdido
O atendimento precário na fila dos Bancos do Brasil e Bradesco em Itabela é um absurdo!
Muito se tem discutido a respeito das intermináveis filas em bancos, em especial nos dias de hoje, onde a expressão "tempo é dinheiro" encontra perfeita aplicação. As críticas são sempre severas, em especial porque, pelo menos para aqueles que tem um mínimo de cultura, é de conhecimento serem os bancos (salvo exceções, como alguns bancos públicos) empresas das mais rentáveis na economia brasileira. Embora os bancos invistam, constantemente, em equipamentos e tecnologia para, segundo sua óptica, facilitar a vida dos clientes, o fato é que as filas continuam, qualquer que seja o banco.
Além da falta de respeito que a maioria dos bancos tem para com os seus clientes que não são poucos, em pleno século 21, mundo contemporâneo, investimentos tecnológicos avançados... mas, esquecem do principal que o cliente, o ser humano que fica horas e horas na fila e que nem ou menos um simples copo d água tem coragem de oferecê-lhes, um telefonema, quando é para cobrar sim! Já existem pessoas treinadas para isso, usam um script perfeito e imbatível!
O cliente leva dinheiro todos os dias e é o grande responsável pelos grandes faturamentos dos bancos anualmente. Quando na verdade deveria ser tratado com respeito e dignidade, passam horas e horas na fila, na maioria das vezes extrapola até mais de 2 horas, haja perna para agüentar tanto tempo... tempo será que todos tem essa disponibilidade... tudo que sei é que o cliente é deixado de lado pela ganância dos banqueiros
Apontar erros é fácil, encontrar a solução nem tanto. Com o intuito de colaborar, com a humildade devida, para a busca de soluções que visem erradicar, ou ao menos minimizar, a questão das filas nos Bancos de Itabela, passo a comentar os dois lados da moeda: os bancos, de um lado, e os bancários, de outro, visando à satisfação do consumidor final - o cliente.
No passado existiam filas como hoje? Ou será que em cada caixa havia uma fila, o que possibilitava à chefia averiguar o desempenho de cada empregado, pela quantidade de autenticações na fita no final do dia. Cientes dessa avaliação, os próprios caixas estipulavam, entre si, uma competição sadia para ver quem eliminava a fila primeiro. Havia mesmo até uma solidariedade entre eles, de forma a que os clientes não tivessem do que reclamar, o que lhes garantia a manutenção no emprego. Não que um fraco desempenho pudesse significar a demissão, mas, no mínimo, um retrocesso na carreira, pois aquele que não se adaptasse seria rebaixado para o cargo de escriturário, perdendo a gratificação pelo exercício da função de caixa. Tal como hoje, naquele tempo qualquer acréscimo no salário era motivo para se esforçar no trabalho.
Como resultado dessa história, o que temos hoje em dia? Bancos eletrônicos e instantâneos, porém com empregados que mais parecem robôs, frios no atendimento, mecânicos na execução dos trabalhos, sem qualquer motivação e nenhum calor humano no trato com os clientes, completamente alheios ao desconforto das pessoas que passam (em pé) muitos minutos à espera de um atendimento.
A meu ver, as principais causas de tão longas filas nos bancos são:
A redução do quadro funcional, principalmente de caixas (não é raro vermos agências com 10, 15 boxes de caixa e apenas 05, 06 com funcionários); no caso de Itabela apenas com 1 caixa. Isso no Banco do Brasil.
Quanto à questão da tecnologia empregada para dar "comodidade", "satisfação" e "agilidade" ao atendimento bancário, chega a ser uma ofensa à nossa inteligência a argüição de tais justificativas, bastando lembrar que inúmeros são os clientes que, infelizmente, não possuem cultura suficiente para "entender" o funcionamento das máquinas, o que joga por terra os itens "satisfação" e "agilidade". De outro lado, dado o crescente número de ilícitos praticados em caixas eletrônicos, em igual proporção aumenta a inibição dos clientes em fazerem uso desse sistema, pelo que o item "comodidade" nem há de ser considerado.
Por fim, não bastassem todos esses inconvenientes, ainda que o cliente seja culto, saiba operar a máquina de forma correta e queira correr o risco de ser abordado por criminosos ao fazer uso do caixa eletrônico, tem ele, ainda, que contar com a "sorte" de encontrar um caixa eletrônico que funcione perfeitamente, o que também tem se mostrado tão difícil quanto acertar na loteria. Muito embora este artigo seja portador de uma visão muito pessimista, tenho comigo que, se o Banco Central do Brasil e o Governo Federal realmente quisessem, já teriam melhorado a situação dos clientes de bancos no Brasil há muito tempo. Se não o fazem é porque, como se dizem por aí, "algo de podre existe no reino da Dinamarca".
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