Especial para o UOL
Em Salvador
Trinta e cinco turistas, entre os quais nove estrangeiros, viveram momentos de pânico dentro de uma pousada na ilha de Itaparica, na Bahia. Na tarde deste sábado (14), quando almoçavam no restaurante da Pousada Recanto da Praia, os turistas foram rendidos por três homens armados com revólveres e facas. Na ação, que durou cerca de 20 minutos, os turistas perderam dinheiro, jóias, filmadoras, alianças, cartões de crédito, correntes, telefones celulares e câmeras fotográficas.
Antes de ingressar na pousada, os turistas fizeram um passeio de escuna pela baía de Todos os Santos, uma das principais atrações turísticas do Estado. O assalto aconteceu quando todos tinham sentado à mesa do restaurante para almoçar.
Os três homens, bem vestidos, entraram na pousada como clientes e chegaram a preencher a ficha de hóspedes. Em seguida, dois assaltantes renderam o gerente do estabelecimento e um funcionário. O terceiro, com um revólver, saqueou os turistas.
Até o começo da tarde deste domingo (15), a Deltur (Delegacia do Turista), em Salvador, não tinha nenhuma pista para identificar os assaltantes. No grupo assaltado havia turistas da Bélgica, Estados Unidos, Argentina, Inglaterra e Alemanha, além de visitantes do Maranhão, Alagoas, Ceará, São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Paraná.
"Eles (os assaltantes) foram muito violentos. Faz 28 anos que levo turistas para fazer esse passeio e nunca vi nada parecido. É uma vergonha para a Bahia, um Estado que depende, e muito, do turismo para se desenvolver", afirmou o guia do grupo, Ciro Leal.
De acordo com depoimentos prestados à Deltur, a médica Yeda Melo, de São Paulo, teria sido agredida com um soco nas costas porque demorou para entregar todos os seus pertences aos assaltantes. A médica estimou em cerca de R$ 4 mil o seu prejuízo com o assalto.
Sem infra-estrutura
Além de terem sido assaltados, os turistas foram obrigados a se deslocar até Salvador - a travessia de ferry-boat demora, em média, 50 minutos - porque não havia delegado plantonista na Delegação de Itaparica. "Não adianta nada o governo da Bahia participar de feiras internacionais pra promover o turismo no Estado e tratar tão mal os visitantes", disse o presidente da Associação Brasileira de Agências de Viagem (seção Bahia), Pedro Costa.
Em seu depoimento à Deltur, o médico maranhense Walter Frasão contou que 30 minutos após o assalto, um policial esteve na pousada. "Ele (o policial) disse que não tem obrigação de dar segurança ao estabelecimento. É um absurdo porque, naquele momento, tudo o que queríamos era um apoio da polícia."
"Os assaltantes agiram com muita calma, parece que tinham convicção de que nada poderia acontecer para eles. Aqui (em Salvador) eu não volto nunca mais", acrescentou a turista mineira Cláudia Queiroz. Segundo funcionários da Deltur, na alta estação e nas férias, são registradas, em média, dez queixas de turistas por dia na delegacia, que fica no Pelourinho (centro histórico de Salvador).
"Não adianta nada a polícia fazer levantamento dos pertences dos turistas e dizer que vai investigar o assalto. O que o governo tem de fazer é dar segurança preventiva, evitar que isso aconteça, até porque os turistas, em qualquer lugar do mundo, são multiplicadores. Ninguém deste grupo, tenho certeza, vai indicar a Bahia para os seus amigos depois de tudo o que aconteceu na ilha de Itaparica", disse o guia Ciro Leal.
Casada com um inglês, a terapeuta Ângela Maria Santos Masuco disse que teve uma faca apontada para o seu pescoço. "Vim mostrar as maravilhas do meu país para o meu marido [Michael Wesh], mas, infelizmente, não vou levar boas recordações da Bahia", disse a terapeuta que mora em Londres.
Antes de ingressar na pousada, os turistas fizeram um passeio de escuna pela baía de Todos os Santos, uma das principais atrações turísticas do Estado. O assalto aconteceu quando todos tinham sentado à mesa do restaurante para almoçar.
Os três homens, bem vestidos, entraram na pousada como clientes e chegaram a preencher a ficha de hóspedes. Em seguida, dois assaltantes renderam o gerente do estabelecimento e um funcionário. O terceiro, com um revólver, saqueou os turistas.
Até o começo da tarde deste domingo (15), a Deltur (Delegacia do Turista), em Salvador, não tinha nenhuma pista para identificar os assaltantes. No grupo assaltado havia turistas da Bélgica, Estados Unidos, Argentina, Inglaterra e Alemanha, além de visitantes do Maranhão, Alagoas, Ceará, São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Paraná.
"Eles (os assaltantes) foram muito violentos. Faz 28 anos que levo turistas para fazer esse passeio e nunca vi nada parecido. É uma vergonha para a Bahia, um Estado que depende, e muito, do turismo para se desenvolver", afirmou o guia do grupo, Ciro Leal.
De acordo com depoimentos prestados à Deltur, a médica Yeda Melo, de São Paulo, teria sido agredida com um soco nas costas porque demorou para entregar todos os seus pertences aos assaltantes. A médica estimou em cerca de R$ 4 mil o seu prejuízo com o assalto.
Sem infra-estrutura
Além de terem sido assaltados, os turistas foram obrigados a se deslocar até Salvador - a travessia de ferry-boat demora, em média, 50 minutos - porque não havia delegado plantonista na Delegação de Itaparica. "Não adianta nada o governo da Bahia participar de feiras internacionais pra promover o turismo no Estado e tratar tão mal os visitantes", disse o presidente da Associação Brasileira de Agências de Viagem (seção Bahia), Pedro Costa.
Em seu depoimento à Deltur, o médico maranhense Walter Frasão contou que 30 minutos após o assalto, um policial esteve na pousada. "Ele (o policial) disse que não tem obrigação de dar segurança ao estabelecimento. É um absurdo porque, naquele momento, tudo o que queríamos era um apoio da polícia."
"Os assaltantes agiram com muita calma, parece que tinham convicção de que nada poderia acontecer para eles. Aqui (em Salvador) eu não volto nunca mais", acrescentou a turista mineira Cláudia Queiroz. Segundo funcionários da Deltur, na alta estação e nas férias, são registradas, em média, dez queixas de turistas por dia na delegacia, que fica no Pelourinho (centro histórico de Salvador).
"Não adianta nada a polícia fazer levantamento dos pertences dos turistas e dizer que vai investigar o assalto. O que o governo tem de fazer é dar segurança preventiva, evitar que isso aconteça, até porque os turistas, em qualquer lugar do mundo, são multiplicadores. Ninguém deste grupo, tenho certeza, vai indicar a Bahia para os seus amigos depois de tudo o que aconteceu na ilha de Itaparica", disse o guia Ciro Leal.
Casada com um inglês, a terapeuta Ângela Maria Santos Masuco disse que teve uma faca apontada para o seu pescoço. "Vim mostrar as maravilhas do meu país para o meu marido [Michael Wesh], mas, infelizmente, não vou levar boas recordações da Bahia", disse a terapeuta que mora em Londres.
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